L.L. Thurstone contribui fortemente para a teoria de mensuração de atitudes, até o momento é a primeira referência que tenho sobre desenvolvimento de escalas (há uma suspeita não confirmada de uma publicação anterior).
Antes de mais nada é importante definir o que é atitude. Atitude é o afeto por ou contra algum objeto psicológico (THURSTONE, 1931).
Antes de mais nada é importante definir o que é atitude. Atitude é o afeto por ou contra algum objeto psicológico (THURSTONE, 1931).
Sua argumentação é em torno de construir um mecanismo de mensuração (ele ainda não chamava de escala). O passo inicial é provar logicamente como é possível extrair respostas confiáveis através de intervenções empíricas. O desafio então é armar uma lógica racional que consiga construir resultados pragmáticos através de observação empírica de algo relativo mas não exatamente o objeto de estudo. Clarificar-lo-ei:
A logica que ele buscou se baseou em uma pesquisa sobre atitude em relação a nacionalidades. A mensuração anterior a invenção da escala assertiva era realizada através da escala comparativa, onde o respondente se posicionava entre duas opções opostas dadas pelo pesquisador. Não havia a ideia de continuo, então as perguntas era do tipo, entre francês e alemão, qual das duas nacionalidades você prefere.
A proposição de Thurstone (1931) era de que essa pergunta poderia ser repetida inúmeras vezes e por alguma lógica fornecer uma descrição objetiva mais precisa que os métodos antigos (baseados em limiares psicológicos).
Quando um método constante é utilizado de forma completa, então os estímulos resultantes se tornam um padrão, dando origem ao método de comparação pareada. Não havia lógica quantitativa para manusear o método da comparação pareada na década de 30, então para se obter uma mensuração era necessário satisfazer aos critérios de consistência interna. A dificuldade então era de se obter uma equação que satisfaça esse critério, esse processo se denomina lei do julgamento comparativo (THURSTONE, 1931).
Em seu teste, Thurstone (1931) apresentou uma lista com 20 nacionalidades a centenas de estudantes. As nacionalidades eram dispostas em pares, então cada nacionalidade seria comparada com todas as demais da lista. Os respondentes foram solicitados a sublinhar qual das duas nacionalidades e cada par ele gostaria de estar associado. Os dados foram tabulados no formato "proporção dos estudantes que preferiram a nacionalidade A em detrimento de B". Com as proporções e observando a lei do julgamento comparativo, os cálculos foram realizados para cada par. Por estes dados foi possível construir uma escala linear de atitude onde cada nacionalidade foi alocada.
É sabido das limitações estatísticas da época, então a análise foi feita com a seguinte lógica. Os pesos foram ignorados e as respostas indicavam que a maioria preferia A em relação a B, ou em caso dos percentuais ficarem muito próximos a 50%, era definido que não havia diferença entre as duas nacionalidades. Percebe-se que a lógica da escala assertiva nasce com este teste, pois a escala intervalar segue em linhas gerais a mesma lógica. E pela lógica de qual nacionalidade venceu mais confrontos, pode ser estabelecido um continuo de nacionalidades.
Os percentuais, embora fáceis de calcular, foram ignorados pelo fato de que haviam diversas limitações de amostragem neste teste, e como forma de manter a validade interna, preferiu-se dar apenas o vetor como resultado, ignorando a força. Uma delas foi o fato de haverem na lista não apenas nacionalidades, mas também grupos étnicos como Judeus, Negros e Latinos. Thurstone (1931) também argumenta que é possível que os respondentes simplesmente tenham preconceito com algum desses grupos e mesmo sem conhece-los a fundo, o marquem como pior opção.
Outra limitação, na verdade um ponto fraco das escalas é que apenas uma palavra pode fazer considerável diferença e modificar consideravelmente os resultados. Se ao invés de perguntar qual a nacionalidade que gostaria de estar associado, a pergunta fosse a qual gostaria de servir, ou qual é mais inteligente ou qualquer outro adjetivo, o resultado fatalmente seria outro (THURSTONE, 1931). A redação da escala é então um ponto decisivo sobre a sua validação.
É óbvio que a escala valorativa de cada nacionalidade no teste de Thurstone (1931) é a descrição de um grupo de sujeitos muito mais do que a descrição das nacionalidades. Se o mesmo experimento fosse realizado na Itália ou na Rússia os resultados radicalmente diferentes. Então que fique claro, as escalas não mensuram objetos, mensuram as pessoas (THURSTONE, 1931). Através dela é possível mensurar similaridades ou diferenças culturais. Se os testes forem repetidos em dezenas de países e os resultados forem parecidos entre alguns destes, é possível concluir que essas pessoas se aproximam no aspecto investigado.
Uma das questões mais frequentes sobre a mensuração por escalas é de que não é possível através de números mensurar uma personalidade complexa. Isso é verdade, tanto para investigações por escalas como para qualquer outra forma de mensuração existente, em verdade nenhum método é capaz de extrair com fidedignidade a complexa personalidade humana (THURSTONE, 1931). É importante saber que a mensuração de qualquer objeto descreve apenas o atributo mensurado. Esta é uma característica universal das mensurações. Quando a altura da mesa é medida, a mesa não foi descrita por inteiro, apenas o atributo em questão. Similarmente, a mensuração de atitude apenas mensura a atitude, além do mais, só podem ser medidas as características que podem ser classificadas em termos de ser 'maior ou menor que' (THURSTONE, 1931).
Apenas as características que podem ser pensadas em termos de magnitude linear podem ser descritas por mensuração (THURSTONE, 1931). Neste contexto magnitude linear são como peso, altura, volume, temperatura, quantidade de educação, força de se sentir favorável a alguma coisa. Sendo assim, mensurar é alocar um objeto em algum ponto de um continuo abstrato (THURSTONE, 1931).
A atitude em relação a algum objeto pode ser de forte ou fraca intensidade. A atitude positiva e negativa então constituem um linear contínuo com um ponto ou zona neutra e outros dois em direções opostas, uma positiva e outra negativa (THURSTONE, 1931).
E possível que o discurso de uma pessoa seja contrário as suas atitudes, porém é mais provável que eles estejam alinhados. Em todo caso a melhor forma de reduzir a incerteza em uma mensuração é aplicá-la a um grande grupo de pessoas. As flutuações dos resultados podem ser atribuídas em parte a algum erro do instrumento de mensuração. Para isolar o erro dele das reais flutuações das atitudes, é necessário calcular o desvio padrão da escala (THURSTONE, 1931).
Deve-se assumir também que uma escala de atitude deve ser unicamente utilizada em situações onde é razoável esperar que as pessoas falem a verdade. Devem ser utilizadas prioritariamente em situações que oferecem um mínimo de pressão sobre a atitude mensurada (THURSTONE, 1931).
É óbvio que a escala valorativa de cada nacionalidade no teste de Thurstone (1931) é a descrição de um grupo de sujeitos muito mais do que a descrição das nacionalidades. Se o mesmo experimento fosse realizado na Itália ou na Rússia os resultados radicalmente diferentes. Então que fique claro, as escalas não mensuram objetos, mensuram as pessoas (THURSTONE, 1931). Através dela é possível mensurar similaridades ou diferenças culturais. Se os testes forem repetidos em dezenas de países e os resultados forem parecidos entre alguns destes, é possível concluir que essas pessoas se aproximam no aspecto investigado.
Uma das questões mais frequentes sobre a mensuração por escalas é de que não é possível através de números mensurar uma personalidade complexa. Isso é verdade, tanto para investigações por escalas como para qualquer outra forma de mensuração existente, em verdade nenhum método é capaz de extrair com fidedignidade a complexa personalidade humana (THURSTONE, 1931). É importante saber que a mensuração de qualquer objeto descreve apenas o atributo mensurado. Esta é uma característica universal das mensurações. Quando a altura da mesa é medida, a mesa não foi descrita por inteiro, apenas o atributo em questão. Similarmente, a mensuração de atitude apenas mensura a atitude, além do mais, só podem ser medidas as características que podem ser classificadas em termos de ser 'maior ou menor que' (THURSTONE, 1931).
Apenas as características que podem ser pensadas em termos de magnitude linear podem ser descritas por mensuração (THURSTONE, 1931). Neste contexto magnitude linear são como peso, altura, volume, temperatura, quantidade de educação, força de se sentir favorável a alguma coisa. Sendo assim, mensurar é alocar um objeto em algum ponto de um continuo abstrato (THURSTONE, 1931).
A atitude em relação a algum objeto pode ser de forte ou fraca intensidade. A atitude positiva e negativa então constituem um linear contínuo com um ponto ou zona neutra e outros dois em direções opostas, uma positiva e outra negativa (THURSTONE, 1931).
E possível que o discurso de uma pessoa seja contrário as suas atitudes, porém é mais provável que eles estejam alinhados. Em todo caso a melhor forma de reduzir a incerteza em uma mensuração é aplicá-la a um grande grupo de pessoas. As flutuações dos resultados podem ser atribuídas em parte a algum erro do instrumento de mensuração. Para isolar o erro dele das reais flutuações das atitudes, é necessário calcular o desvio padrão da escala (THURSTONE, 1931).
Deve-se assumir também que uma escala de atitude deve ser unicamente utilizada em situações onde é razoável esperar que as pessoas falem a verdade. Devem ser utilizadas prioritariamente em situações que oferecem um mínimo de pressão sobre a atitude mensurada (THURSTONE, 1931).
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