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26 de jan. de 2012

Coeficiente Alfa de Cronbach




  O clássico alfa de Cronbach foi proposto em 1951 pelo próprio. Ao contrário do que imaginei, não é uma ideia original dele, ele na verdade dá nome e explica (muito bem explicado) um coeficiente que já existia.
  Qualquer mensuração com uso de escalas deve se preocupar com a questão da validação. E para tal existem algumas técnicas. Validação de escala, segundo Cronbach (1951) é simplesmente fazer com que uma escala se mostre estável ao longo de suas aplicações, essa estabilidade pode ser de amostra ou de items.
  A técnica predominante na década de 50 é o teste-reteste. Cronbach (1951) explica que ele tem o objetivo de testar a mesma escala duas ou (de preferência) mais vezes com a mesma amostra. O resultado deve ser o mais parecido possível entre eles para verificar validade. Esse delineamento ignora o contexto e a possibilidade das pessoas simplesmente trocarem de opinião, mas para algo bastante simples pode até ser válido, o fato é que caiu em desuso.
  A outra técnica é a de corte-ao-meio. É a técnica que Cronbach (1951) se dedicou a estudar e base do coeficiente alfa. Consiste em elaborar duas escalas equivalentes no mesmo questionário. Teoricamente, a pessoa ao responder a mesma coisa duas vezes por métodos diferentes deveria dar a mesma resposta, desde que as escalas tenha consistência interna.
  A contribuição de Cronbach (1951) foi elaborar um cálculo mais simples onde os items são correlacionados entre eles internamente e não em cruzamentos entre as duas escalas equivalentes do método corte-ao-meio.  O mecanismo do alfa é o mesmo do corte-ao-meio e Cronbach (1951) enfatiza que ambos possuem o mesmo resultado e as mesmas possibilidades.
  Com a colaboração de Cronbach (1951) houve um grande progresso dos projetos de escala que não mais necessitam criar itens de verificação, a partir do implemento do alfa, basta apenas uma pergunta de cada tipo e não pequenos blocos internos de itens que intencionavam mensurar a mesma coisa.
 As escalas validadas pelo método corte-ao-meio deveriam ter todos os seus itens no mínimo duplicados (escritos de forma diferente, mas equivalentes) e isso limitava a capacidade de exploração, já que o limite para o tamanho do questionário sempre foi a tolerância do respondente.
 Cronbach (1951) afirma que para obter uma melhor interpretação a escala não deve ser divisível em pequenos blocos menores. Ou ela é única ou são criadas várias escalas, não é indicado realizar o teste de validade interna para escalas que são compostas por sub blocos de perguntas (sub-escalas).

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