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30 de jan. de 2012
Validação nomológica
Cronbach e Meehl (1955) escreveram um artigo intitulado validação de construto em testes de psicologia onde propõem e explicam a validação nomológica.
Um construto é definido implicitamente pela rede de relacionamentos e associações em que ele está inserido. O momento de inserção de um construto na pesquisa é proporcional a sua precisão. Para Cronbach e Meehl (1955) se a previsão dos construtos é feita a priori deve-se chamá-lá de validação preditiva, caso ocorra simultânea a realização do estudo, é conhecida como validação concorrente. Prever com antecedência e observa a confirmação é uma tarefa mais árdua, que necessita maior conhecimento teórico e resulta em maior precisão do estudo.
Rede nomológica para Cronbach e Meelh (1955) (eu não concordo com o termo rede) é o sistema fechado de lais que constituem a teoria relacionada aos construto estudado e as predições feitas. A rede nomológica (referencial teórico) relata as propriedades observáveis dos construtos envolvidos, os próprios construtos e o que faz com se diferenciem um dos outros.
A condição para que um construto seja admissível pela ciência é que pelo menos alguns dos seus correlatos sejam observáveis. O construto investigado não precisa ser diretamente observável (reduzido a experiência) ele pode ser articulado em uma rede nomológica que seja válida e capaz de se realizar predições.
Ou seja, Cronbach e Meehl (1955) propõem que o investigador deve conhecer a teoria de interesse e ao fazer isso identificar quais são os pontos mensuráveis (por observação) do tema. Ao realizar este esforço ele poderá escolher quais construtos irá testar. O primeiro passo é estabelecer uma validação de conteúdo que é dada pela segurança do investigador em provar teoricamente que os construtos estudados existem e fazem parte de uma rede nomológica. O segundo passo é a validação do próprio construto que é onde são apresentadas as regras pelas quais é possível mensurá-lo. O terceiro passo pode ser dado de duas formas, ou o pesquisador faz as predições e estabelece o que espera encontrar nos construtos (validação preditiva) ou ele não faz predição alguma e observa como elas se revelam ao analisar os dados (validação concorrente).
O artigo contribuí ao propor a ideia de rede nomológica que é exatamente a ideia geral que temos hoje de mensuração, o nome nomológico não emplacou (pq é feio e não faz lembrar nada) mas é em essência tudo aquilo que Churchill (1979) e Rossiter (2002) abordaram. Não há um estudo de mensuração que não considere os ensinamentos de Cronbach e Meehl (1955).
Da validação de conteúdo, construto, preditiva e concorrente só sobrou o nome, atualmente elas são mais operacionais do que a versão original.
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